Cartas
Persas (Lettres persanes) é uma compilação de textos do filósofo francês Barão
de Montesquieu escritos de 1711 a 1720 e publicados anonimamente em 1721. Obra
de sua juventude, é um relato imaginário, sob a forma epistolar, sobre a visita
de dois fictícios amigos persas, Rica e Usbeck, a Paris, durante o reinado de
Luís XIV. Eles escrevem para seus amigos na Pérsia tudo o que vêem lá. Por meio
desta narrativa, critica a sociedade, os costumes, as instituições políticas e
os abusos da Igreja e do Estado na França e Europa da época. Espirituoso e
irreverente, esse primeiro livro de Montesquieu tem um fundo sério, pois
relativiza os valores de uma civilização pela comparação com os de outra muito
diferentes. Verdadeiro manual do Iluminismo,
foi uma das obras mais lidas no século XVIII.
Diderot (1713-1784),
em sua Carta sobre o comércio do livro, comenta: “Que livro é mais contrário aos bons costumes, à religião, aos
lugares-comuns da filosofia e da administração, em uma palavra, a todos os
estereótipos banais, e consequentemente mais perigoso do que as Cartas Persas?
O que se pode fazer de pior? Existem contudo cem edições das Cartas Persas e
não há um estudante em toda a Universidade que não ache um exemplar nos sebos
por doze vinténs”
(da
vikipédia)
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