segunda-feira, 19 de março de 2018

HISTÓRIA DA MAÇONARIA NA INGLATERRA



Introdução da Maçonaria na Inglaterra. Relatos dos druidas. O progresso da Maçonaria na Inglaterra sob os romanos.
Por William Preston (tradução de Luciano R. Rodrigues)
A história da Grã-Bretanha, anterior à invasão dos romanos, é tão misturado com fábula que não permite qualquer explicação satisfatória dos habitantes originais da ilha ou das artes praticadas até então. Parece, no entanto, a partir dos escritos dos melhores historiadores, que eles não eram destituídos de talento e bom gosto, ainda restando algumas obras estupendas criadas por eles muito mais antigas do que o tempo dos romanos, que embora desfigurados pelo tempo, apresentam não só uma pequena parte da habilidade de construção, mas são convincentes provas de que a ciência da Maçonaria não era desconhecida mesmo nos tempos rudes.

Os druidas mantinham entre eles muitos costumes similares aos dos maçons, em conformidade com as práticas antigas da fraternidade, aprendemos que eles realizaram suas assembleias em bosques e florestas, mantendo o sigilo mais impenetrável em seus princípios e opiniões. Estes bosques sagrados eram geralmente de carvalho, mas na Arábia, algumas das tribos adoravam a acácia ou “espinho egípcio”, como também era chamada, era adorada pelas tribos de Ghatfân, sob o nome de Al Uzza. Maomé teria mandado destruir esse ídolo, demolir a capela, e cortar esta árvore, ou a imagem, queimada. Ele também matou a sacerdotisa. O nome Al Uzza é derivado de uma palavra que significa “Mais poderoso”.

Os druidas eram os sacerdotes dos britânicos, gauleses e outras nações celtas, e foram divididos em três classes: os Bards (Bardos), que eram poetas e músicos, formaram a primeira classe; os Vates, que eram sacerdotes e fisiologistas, eram a segunda classe; e a terceira classe consistia nos Druidas, que acrescentaram filosofia moral para o estudo da fisiologia. Como o estudo e especulações foram as atividades preferidas desses filósofos, tem sido sugerido que eles derivassem o seu “sistema de governo” de Pitágoras. Muitos de seus dogmas e doutrinas parecem ter sido adotado por eles. Em seus retiros privados, eles entraram em uma dissertação sobre a origem, leis e propriedades da matéria, a forma e magnitude do universo, e até mesmo arriscado a explorar os segredos mais sublimes e ocultos da natureza. Sobre estes temas, eles formaram uma variedade de hipóteses, que entregavam aos seus discípulos em versos, a fim de que eles possam ser mais facilmente retidos na memória, além de fazerem um juramento para não os escrever.

Desta maneira, os druidas comunicavam as suas doutrinas particulares e escondidas sob o véu do mistério, a todos os ramos do conhecimento útil, tendendo a garantir a admiração e respeito, enquanto as instruções religiosas propagadas por eles estavam por toda parte, sendo recebidos com reverência e submissão. Eles tinham a responsabilidade da educação da juventude e seus seminários eram muitos curiosos e valiosos. Como juízes de direito, eles determinaram todas as causas, eclesiásticas e civis; Como tutores, ensinavam filosofia, astrologia, política, ritos e cerimônias e, como bardos, em suas canções eles recomendaram feitos históricos de grandes homens que os imitaram posteriormente.

Na chegada dos romanos na Grã-Bretanha, as artes e ciências começaram a florescer. De acordo com o progresso da civilização, a Maçonaria (Arte da construção ou Craft) subiu de estima, portanto nós achamos que César e vários dos generais romanos que o sucederam no governo da ilha, nomearam-se como patronos e protetores do Craft (Ofício). Neste período, a fraternidade foi empregada em erguer paredes, fortes, pontes, cidades, templos, palácios, tribunais de justiça, e outras obras imponentes, mas a história é silenciosa respeitando seu modo de governo, não oferecendo qualquer informação no que diz respeito aos usos e costumes prevalentes entre eles. Suas reuniões ou convenções eram realizadas regularmente, mas era acessível apenas para os iniciados, pois as suas restrições legais impediam a comunicação pública das suas reuniões privadas.


As guerras que eclodiram entre os conquistadores e conquistados, obstruíram o progresso da Maçonaria na Grã-Bretanha, que continuou trabalhando lentamente até o tempo do Imperador Carausius, que a reavivou. Ele planejou os meios mais eficazes para tornar a sua pessoa e seu governo mais aceitável para o povo e, assumindo o caráter de Maçom, ele adquiriu o amor e a estima da parte mais esclarecida de seus súditos. Ele incentivou os homens a aprender e assim melhorou o país nas artes civis. A fim de estabelecer um império na Grã-Bretanha, ele trouxe em seus domínios os melhores operários e artífices de todas as partes, todos os quais, sob seus auspícios, gozaram de paz e tranquilidade. Dentre a primeira classe de seus favoritos, ele tinha os maçons, para quem ele professava a mais alta veneração, nomeando Albanus, seu Stewart (Assessor), o principal superintendente de suas reuniões. Sob seu patrocínio, lojas e convenções da fraternidade foram formados, e os rituais da Maçonaria praticados regularmente. Para permitir que os maçons mantivessem um conselho geral e assim estabelecer seu próprio governo, ele concedeu-lhes uma carta e ordenou Albanus para presidi-los como Grão-Mestre. Este cavaleiro digno provou ser um amigo zeloso ao Craft, promovendo a iniciação de muitas pessoas nos mistérios da ordem. Para esse conselho o nome da Assembléia foi dado posteriormente.

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