Introdução da Maçonaria na Inglaterra. Relatos dos
druidas. O progresso da Maçonaria na Inglaterra sob os romanos.
Por William
Preston (tradução de Luciano R. Rodrigues)
A história da Grã-Bretanha, anterior à invasão dos
romanos, é tão misturado com fábula que não permite qualquer explicação
satisfatória dos habitantes originais da ilha ou das artes praticadas até
então. Parece, no entanto, a partir dos escritos dos melhores historiadores,
que eles não eram destituídos de talento e bom gosto, ainda restando algumas
obras estupendas criadas por eles muito mais antigas do que o tempo dos
romanos, que embora desfigurados pelo tempo, apresentam não só uma pequena
parte da habilidade de construção, mas são convincentes provas de que a ciência
da Maçonaria não era desconhecida mesmo nos tempos rudes.
Os druidas mantinham entre eles muitos costumes
similares aos dos maçons, em conformidade com as práticas antigas da
fraternidade, aprendemos que eles realizaram suas assembleias em bosques e
florestas, mantendo o sigilo mais impenetrável em seus princípios e opiniões.
Estes bosques sagrados eram geralmente de carvalho, mas na Arábia, algumas das
tribos adoravam a acácia ou “espinho egípcio”, como também era chamada, era
adorada pelas tribos de Ghatfân, sob o nome de Al Uzza. Maomé teria mandado
destruir esse ídolo, demolir a capela, e cortar esta árvore, ou a imagem,
queimada. Ele também matou a sacerdotisa. O nome Al Uzza é derivado de uma
palavra que significa “Mais poderoso”.
Os druidas eram os sacerdotes dos britânicos,
gauleses e outras nações celtas, e foram divididos em três classes: os Bards
(Bardos), que eram poetas e músicos, formaram a primeira classe; os Vates, que
eram sacerdotes e fisiologistas, eram a segunda classe; e a terceira classe
consistia nos Druidas, que acrescentaram filosofia moral para o estudo da
fisiologia. Como o estudo e especulações foram as atividades preferidas desses
filósofos, tem sido sugerido que eles derivassem o seu “sistema de governo” de
Pitágoras. Muitos de seus dogmas e doutrinas parecem ter sido adotado por eles.
Em seus retiros privados, eles entraram em uma dissertação sobre a origem, leis
e propriedades da matéria, a forma e magnitude do universo, e até mesmo
arriscado a explorar os segredos mais sublimes e ocultos da natureza. Sobre
estes temas, eles formaram uma variedade de hipóteses, que entregavam aos seus
discípulos em versos, a fim de que eles possam ser mais facilmente retidos na memória,
além de fazerem um juramento para não os escrever.
Desta maneira, os druidas comunicavam as suas
doutrinas particulares e escondidas sob o véu do mistério, a todos os ramos do
conhecimento útil, tendendo a garantir a admiração e respeito, enquanto as
instruções religiosas propagadas por eles estavam por toda parte, sendo
recebidos com reverência e submissão. Eles tinham a responsabilidade da
educação da juventude e seus seminários eram muitos curiosos e valiosos. Como
juízes de direito, eles determinaram todas as causas, eclesiásticas e civis;
Como tutores, ensinavam filosofia, astrologia, política, ritos e cerimônias e,
como bardos, em suas canções eles recomendaram feitos históricos de grandes
homens que os imitaram posteriormente.
Na chegada dos romanos na Grã-Bretanha, as artes e
ciências começaram a florescer. De acordo com o progresso da civilização, a
Maçonaria (Arte da construção ou Craft) subiu de estima, portanto nós achamos
que César e vários dos generais romanos que o sucederam no governo da ilha,
nomearam-se como patronos e protetores do Craft (Ofício). Neste período, a
fraternidade foi empregada em erguer paredes, fortes, pontes, cidades, templos,
palácios, tribunais de justiça, e outras obras imponentes, mas a história é
silenciosa respeitando seu modo de governo, não oferecendo qualquer informação
no que diz respeito aos usos e costumes prevalentes entre eles. Suas reuniões
ou convenções eram realizadas regularmente, mas era acessível apenas para os
iniciados, pois as suas restrições legais impediam a comunicação pública das
suas reuniões privadas.
As guerras que eclodiram entre os conquistadores e
conquistados, obstruíram o progresso da Maçonaria na Grã-Bretanha, que
continuou trabalhando lentamente até o tempo do Imperador Carausius, que a
reavivou. Ele planejou os meios mais eficazes para tornar a sua pessoa e seu
governo mais aceitável para o povo e, assumindo o caráter de Maçom, ele
adquiriu o amor e a estima da parte mais esclarecida de seus súditos. Ele
incentivou os homens a aprender e assim melhorou o país nas artes civis. A fim
de estabelecer um império na Grã-Bretanha, ele trouxe em seus domínios os
melhores operários e artífices de todas as partes, todos os quais, sob seus
auspícios, gozaram de paz e tranquilidade. Dentre a primeira classe de seus
favoritos, ele tinha os maçons, para quem ele professava a mais alta veneração,
nomeando Albanus, seu Stewart (Assessor), o principal superintendente de suas
reuniões. Sob seu patrocínio, lojas e convenções da fraternidade foram formados,
e os rituais da Maçonaria praticados regularmente. Para permitir que os maçons
mantivessem um conselho geral e assim estabelecer seu próprio governo, ele
concedeu-lhes uma carta e ordenou Albanus para presidi-los como Grão-Mestre.
Este cavaleiro digno provou ser um amigo zeloso ao Craft, promovendo a
iniciação de muitas pessoas nos mistérios da ordem. Para esse conselho o nome
da Assembléia foi dado posteriormente.
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